Como não confiar em uma técnica que transcende a casa dos milênios e é aplicada desde os gregos, a.C.?! Do grego hydro (água) + therapeia (terapia), a hidroterapia teve o seu primeiro registro histórico em 1.000 a.C, nos cantos homéricos, onde é citado o rito de purificação com água, alusão à entrada no templo de Esculápio, Deus grego da Medicina.
Passado quase meio milênio, em 530 a.C, Pitágoras recomendou banhos frios a seus discípulos, juntamente a uma dieta vegetariana. Bem como Hipócrates de Quíos, mais adiante, entre 460-377 a.C. utilizou a hidroterapia como forma de desintoxicação do organismo, por meio da pele, de forma pioneira, ou seja, utilizando procedimentos fundamentais, utilizados até hoje, como vapores e compressas úmidas. Já em Roma, por volta de 330 d.C., os banhos romanos tinham como proposta tratar lesões, doenças reumáticas e paralisias.
Benefícios da hidroterapia
Amplamente qualificada desde então, atualmente, a hidroterapia utiliza exercícios da fisioterapia em uma piscina, especificamente preparada a este fim, para muito além do fortalecimento dos músculos: provoca a melhora do sistema cardiorrespiratório, alivia dores nos músculos e articulações - principalmente ao promover o relaxamento muscular - traz melhorias à coordenação motora e ao equilíbrio e é capaz, também, de reduzir o estresse e a ansiedade, diminuindo, inclusive, distúrbios durante o sono.
Para quem é indicada
Para todos. Sim, porque além de tratar casos motores específicos, é capaz de melhorar a imagem corporal e, consequentemente, aumentar a autoestima e bem-estar de qualquer pessoa. Embora utilizada para tratamentos físicos, como problemas ortopédicos, a hidroterapia também promove bem estar emocional e ressocialização, ideais para casos de depressão, por exemplo. Do viés físico, sua utilização é recomendada desde a recuperação de atletas lesionados a idosos com pouca locomoção (e com casos de reumatismo, hérnias discais e artrite), atendendo também às gestantes, reduzindo o inchaço de pernas e pés e atuando no alívio de dores nas costas. Entre os diversos casos atendidos pela hidroterapia, podem ser prescritas pela áreas de: ortopedia, neurologia, reumatologia, psicologia, pediatria e otorrinolaringologia (casos respiratórios).
A ciência por trás da hidroterapia
A imersão do corpo na água promove resistência do meio aos movimentos, o que, consequentemente, reduz o peso corporal e o impacto nas articulações, durante os exercícios. Em água fria, os exercícios são feitos sob a vasoconstrição e diminuição do fluxo sanguíneo, prevenindo inchaços, por exemplo. Já quando os exercícios forem feitos em água quente, o paciente aproveita os benefícios da vasodilatação e o aumento da irrigação sanguínea da pele e dos músculos. Além disso, os efeitos da água ao organismo passam por:
1) A flutuação dá suporte às enfraquecidas articulações, proporcionando assistência e, de forma progressiva, resistência ao movimento da água.
2) A pressão hidrostática promove estabilização das articulações enfraquecidas, diminuição de edemas e melhora da circulação, além de acelerar a cura da pele de uma região imobilizada.
3) Exercícios em temperaturas elevadas, de 32º a 35ºC reduzem espasmos musculares e estimulam o relaxamento dos tecidos moles, chegando até a redução de dores.
4) Aceleração da recuperação muscular e do movimento comprometido, com a redução de espasmos e dores.
O profissional de hidroterapia
Para atuar nessa área, o fisioterapeuta, imprescindivelmente, precisa de conhecimentos específicos do movimento da água (hidrodinâmica), bem como de termodinâmica e suas aplicações anatômicas, fisiológicas e biomecânica corporal.
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